Desvendados segredos de Westworld - 3º Episódio

          Ainda que muitos segredos tenham sido revelados, o terceiro episódio da série Westworld trouxe muitos questionamentos. Dolores continua despertando para o mundo ‘real’ cada vez mais rápido.  O homem de preto ficou um pouco de lado nesse episódio, porém alguns esqueletos saíram do armário, principalmente sobre a história do parque. 


SPOILERS ABAIXO

          Bernie continua a encontrando-se com Dolores no ‘submundo’, embora não tenha ficado claro a razão desses encontros vimos que ele é intrigado com a interação ‘humana’ dela. Ele dá a ela uma cópia de "Alice no País das Maravilhas" (que ele costumava ler com seu filho, Charlie). Bernie aponta Dolores para uma passagem em que Alice questiona sua realidade, se ela é a mesma pessoa que era ontem. Bernie aparentemente está tentando trazer Dolores à consciência, e ele fica impressionado quando ela diz que acredita que há apenas uma versão dela. "E eu acho que quando eu descobrir quem eu sou, eu vou ser livre", diz ela. Ainda nesse episódio vemos ela começando a se libertar do papel de ‘donzela em perigo’, papel que foi programada para desempenhar.

          Bernie e sua esposa já tiveram um filho chamado Charlie. O menino morreu ou desapareceram, e isso abalou profundamente o casal . Sua esposa ainda não consegue acreditar
Novamente ficamos nos perguntando, será ele um robô também? E quantos dos organizadores do parque são realmente humanos?

          Ford dá uma história a Teddy: um sujeito assustador chamado Wyatt, um sargento que acreditava ter ouvido a voz de Deus e se voltou para atrocidades e horrores indizíveis. Curiosamente, Ford deixa transparecer que há um fundo de verdade nessa história. Teddy não tinha história, apenas "uma culpa sem forma você nunca vai expiar", diz Ford. Ele utiliza Shakespeare (‘Júlio César’) como metáfora para falar de Teddy- "Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez", diz Ford. "Claro, Shakespeare nunca conheceu um homem como você, Teddy." 

         Elsie e Stubbs são despachados para rastrear um robô errante (daí o nome do episódio), um carpinteiro que estava esculpindo a constelação de Orion, o caçador (a figura mítica) em seus projetos de madeira. Mais interessante é a carapaça de tartaruga - talvez uma referência à noção mítica, compartilhada entre várias civilizações antigas, que o mundo era sustentado por uma tartaruga cósmica gigante. Quando Elsie e Stubbs encontram o perdido ele está preso em um buraco, então eles o desligam. Quando Stubbs começa a decapitá-lo para fins de investigação, ele acorda, ataca Stubbs e começou a perseguir Elsie com uma rocha gigante - que ele traz para baixo em sua própria cabeça. Os anfitriões não devem ferir  ninguém, somente outros anfitriões, mas parece que eles estão cada dia mais instáveis. 


          Ainda por cima temos a história do misterioso Arnold, o anfitrião defeituoso-Walter, que matou seis colegas anfitriões que o mataram em histórias mais velhas, começa a falar com ‘Arnold’, mas Arnold não está lá. É uma reminiscência dos primeiros dias do parque, quando a Ford e seu parceiro (chamado Arnold!) trouxe Westworld à vida. Ford conta que Arnold procurou produzir consciência nos robôs, utilizando o conceito da mente bicameral. Ao fazer isso ele criou um monólogo interno para os robôs, que era, na realidade a sua própria programação. No entanto,  Arnold, que eventualmente se matou, não considerou que a criação desta dualidade - produzindo, essencialmente, um "fantasma na máquina" - é a última coisa que alguém queria: que as máquinas se fossem conscientes. Além disso, este tipo de programação poderia transformá-los em lunáticos, falando a um ‘deus’ que não está lá. Arnold é o ‘deus’ nas cabeças dos anfitriões, o fantasma real na máquina, levando-os a loucura - ou talvez a consciência?

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